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Notícias do Tocantins - A política de Paraíso do Tocantins, tradicionalmente marcada por embates intensos e disputas acirradas, vive agora um de seus capítulos mais dramáticos. Uma sentença da Justiça Eleitoral publicada na última segunda-feira (27/5) pode derrubar nomes de peso da atual legislatura municipal e redesenhar o mapa do poder. 6c3l72

O epicentro do abalo é a denúncia de fraude à cota de gênero durante as eleições de 2024, na chapa de vereadores do União Brasil, partido que conquistou 3 cadeiras na Câmara Municipal. A Justiça entendeu que a candidatura de Soraya de Sousa Gomes, esposa de outro candidato da sigla, foi apenas figurativa, sem campanha, sem votos e sem gastos, usada apenas para simular o cumprimento da cota mínima de 30% de candidaturas femininas.

O caso, tratado em duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), resultou na cassação de toda a chapa proporcional do União Brasil, na anulação dos votos do partido e na declaração de inelegibilidade por 8 anos de três personagens centrais no atual governo municipal.

Há processos semelhantes tramitando em várias cidades do Estado. Por isso, a sentença de Paraíso agitou os bastidores da política tocantinense.

VEREADORES IMPACTADOS PELA DECISÃO

Entre os atingidos pela sentença está o vereador Ricardo Silva Diniz, hoje presidente da Câmara de Paraíso. Jovem, articulado e estrategista, Ricardo ganhou projeção nos bastidores políticos por seu domínio do regimento e por alianças fortes com o Executivo. Sua atuação tem sido decisiva para a governabilidade do prefeito Celso Morais (MDB) nos últimos anos. Agora, enfrenta a possibilidade real de perder o mandato e ficar inelegível até 2032.

Outro nome impactado pela decisão é o de Vanderley José de Oliveira, atual secretário municipal de Educação e ex-presidente do diretório local do União Brasil. Vanderley sempre foi uma figura discreta, mas influente. Responsável pela articulação da nominata do partido em 2024, ele agora aparece no centro do escândalo, acusado de ter anuído com a candidatura fictícia.

O terceiro atingido diretamente é o vereador Alailson Lemos Pereira. Embora não tenha sido declarado inelegível, seu nome consta entre os que tiveram os registros e diplomas cassados por estarem vinculados à nominata do partido contaminada pela fraude.

FRAUDE DESMASCARADA

A juíza destacou, com base em depoimentos, contradições e provas documentais, que a candidatura de Soraya não teve qualquer autenticidade. A prestação de contas foi simbólica, a movimentação financeira praticamente inexistente e os únicos registros visuais ligavam a candidata aos eventos do marido. “Trata-se de uma candidatura de fachada”, sentenciou a magistrada.

Com base nisso, ela determinou:

A decisão ainda cabe recurso, mas já provoca reações nos bastidores políticos de Paraíso.

O QUE ESTÁ EM JOGO?

Paraíso do Tocantins, com cerca de 55 mil habitantes, é um dos principais centros istrativos do estado, com forte presença de órgãos estaduais, comércio vibrante e influência nas decisões do Palácio Araguaia. A Câmara Municipal, composta por 13 vereadores, pode ter a composição radicalmente alterada com a recontagem de votos.

Além disso, a eventual queda de Ricardo Diniz da presidência da Câmara e de Vanderley do comando da Educação Municipal representaria um golpe duro para a atual base governista, com impactos diretos nas eleições de 2026.

E AGORA?

O portal AF Notícias solicitou posicionamento do diretório municipal do União Brasil em relação ao caso, mas ainda não houve resposta.

A sentença também deve impulsionar discussões sobre a efetividade da cota de gênero no processo eleitoral e sobre a necessidade de maior fiscalização para evitar o uso de candidaturas femininas fictícias, frequentemente utilizadas como manobra por partidos que resistem à participação efetiva das mulheres na política.

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