Notícias de Araguaína – O Movimento Estadual de Direitos Humanos e Ambientais no Tocantins (MedhTO) e o Centro de Direitos Humanos de Araguaina (CDHA) realizam, nos dias 6 e 7 de junho, assembleia geral ordinária com seminário voltado ao fortalecimento da luta socioambiental. 12591b
O evento acontecerá no campus da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), em Araguaína. A abertura ocorreu na sexta-feira, às 19h, e segue neste sábado, o dia todo.
Durante a assembleia geral será feita a apresentação do Projeto PROVITA, desenvolvido pelo Governo Federal, que oferece apoio direto à proteção de defensores e testemunhas ameaçadas. O programa inclui medidas como transferência de território, custeio de aluguel, auxílio alimentação, transporte e o seguro às políticas públicas.
Além disso, os participantes discutirão a organização do processo eleitoral da entidade, com previsão de escolha da nova coordenação em dezembro de 2025.
A coordenadora do MedhTO, Maria Vanir Ilídio, fala das ações da entidade. “Este seminário, dentro da nossa assembleia geral, representa a força coletiva da luta socioambiental no Tocantins. Estamos encerrando o primeiro semestre de 2025 com ações concretas de mobilização, formação e articulação entre movimentos sociais, comunidades tradicionais e instituições parceiras. O compromisso do MedhTO é seguir promovendo espaços como este, que reforçam a defesa da vida, da terra e dos direitos dos povos historicamente marginalizados. Seguiremos firmes na construção de alternativas sustentáveis e justas para o nosso território”, disse.
Seminário
Coordenado pelo Centro de Direitos Humanos de Araguaina (CDHA), o seminário tem o tema ‘Direitos Ambientais e Justiça Climática: Cultivando práticas alternativas pela defesa da vida e da Terra’.
Palestrantes irão ministrar temáticas sobre a conjuntura ambiental, experiências de resistência popular, racismo ambiental e práticas agroecológicas. Podem participar os membros das 17 entidades associadas ao MedhTO e comunidade em geral.
Para o professor do Colégio Guaraí e da Faculdade Guaraí, que também é militante do CDHA, Dhiogo Thomaz Costa Lobato, o objetivo do seminário é promover um espaço de diálogo, reflexão e troca de saberes entre pesquisadores/as, lideranças sociais, estudantes e demais participantes, a fim de aprofundar o debate sobre os direitos ambientais, conflitos e dinâmicas territoriais e as resistências populares frente aos processos de exclusão e desigualdade.
Ele ressalta que o seminário visa também “fortalecer redes de pesquisa e articulação que contribuam com a construção de conhecimentos comprometidos com a justiça social, a valorização dos povos do campo, das águas e das florestas, e a defesa de modos de vida ameaçados no estado do Tocantins”.
A iniciativa conta com o apoio do Fundo Brasil e do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saberes e Práticas Agroecológicas (Neuza/UFNT).
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Programação
Sexta-feira – 06/06
19h – Acolhida
19h15 – Análise da conjuntura da política ambiental do Tocantins - Wilson
19h45 – Impactos socioambientais da Hidrovia Araguaia-Tocantins- Mário Lúcio Avelar (Procurador da República)
20h40 – Saberes tradicionais e medicina popular - Mulheres raizeiras (Quilombo Dona Juscelina)
21h15 – Oficina: Produção de remédios naturais
Sábado – 07/06
8h30 – Acolhida com mística
9h – Roda de conversa: Racismo ambiental e a expansão do agronegócio- Bianca Silva (Assistente Social e Diretora Estadual de Políticas para Promoção da Igualdade Racial) e Dhiogo Thomaz (Coordenador Geral do Centro de Direitos Humanos de Araguaína)
10h – Oficina: Biofertilizantes e compostagem- - Eduardo Santana (Comissão Pastoral da Terra - Araguaia-Tocantins)
Oficina: Produção de remédios - Maria do Nascimento (Centro de Direitos Humanos de Araguaína)
11h – Encerramento do seminário.