Notícias do Tocantins – O inquérito policial que apurou o afogamento e morte da pequena Ágatha Maria Vieira de Freitas, de 3 anos, em um parque aquático de Paraíso do Tocantins, foi concluído nesta quarta-feira (16/4). 272f22
O caso ocorreu na manhã do último dia 6 de abril, quando a criança foi acompanhada da família, sendo os pais de 24 e 25 anos, uma tia adolescente e três irmãos também crianças ao clube. Em determinado momento, os pais deixaram as crianças brincando na piscina infantil e se acomodaram em uma mesa às margens da piscina adulta.
O delegado José Lucas Melo destaca que as investigações da Polícia Civil apontaram que foi nesse momento que a menina de três anos acabou acompanhando outras crianças até à piscina adulta, onde aram a brincar na escada de o.
“Em certo momento, as demais crianças se afastam e a menina pisa em falso nos degraus e termina se afogando. O fato é muito rápido e as pessoas presentes não percebem. Em razão das cores de seu traje, similares ao da piscina, demora cerca de 10 minutos até que ela seja encontrada por uma outra criança, que avisa ao pai”, ressalta a autoridade policial.
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Ainda segundo o delegado José Lucas, as câmeras do sistema de monitoramento do local registraram tudo. Durante o período de tempo em que esteve submersa, os pais aram a procurá-la nas dependências do clube.
Assim que foi encontrada, a menina foi rapidamente socorrida pelos profissionais do clube e levada até o Corpo de Bombeiros, onde recebeu e e foi encaminhada ao Hospital Regional de Paraíso. Infelizmente, apesar de todo o esforço, ela não resistiu.
Com a análise das imagens colhidas, coleta da documentação do clube (que funciona de forma regular) e realização das oitivas dos envolvidos, a Polícia Civil concluiu as investigações.
HOMICÍDIO CULPOSO E PERDÃO JUDICIAL
Constatada a negligência por parte dos genitores, em razão do período em que a menor foi deixada sem supervisão, houve o indiciamento pelo crime de homicídio culposo. “A legislação prevê para tais casos um instituto chamado de perdão judicial: medida em que se reconhece que o próprio resultado do crime acarreta em sofrimento tão grande ao responsável que a aplicação de uma sanção se torna desnecessária”, frisa o delegado.
Agora concluído, o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis.
O delegado ressaltou que crianças pequenas exigem atenção constante, não somente em casa mas, principalmente, fora. “São situações que ocorrem muito rapidamente e que podem, como no caso analisado, ter desfecho trágico, uma vez que sem a supervisão dos responsáveis, a criança pode se deparar com situações de extremo risco, nos quais pode não ter capacidade ou discernimento necessários para avaliar o perigo”, frisou.