Uma empresa do delator Benedito de Oliveira, o Bené, foi condenada a pagar mais de R$ 1,2 milhão como indenização após ter dado um calote em uma escritora. 13r4l
Ele foi alvo da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, por atuar com uma espécie de operador financeiro do ex-ministro petista Fernando Pimentel, que foi governador de Minas Gerais.
Em sua delação, Bené disse que pagou propina de R$ 600 mil para obter contrato de R$ 14 milhões com o Governo do Tocantins para que sua editora, a Lumine, produzisse livros de educação no trânsito em 2013.
Acontece que Bené deixou de pagar direitos à autora dos livros, uma pedagoga que teve que recorrer à Justiça.
No último dia 31 de março, a Justiça reconheceu os direitos autorais da escritora. A editora Lumine, controlada por Bené e seus irmãos, deverá agora pagar por dano material R$ 1,2 milhão, acrescido de juros e correção.
O PROGRAMA
O programa ‘Detran-TO Educando para a Vida’ foi lançado em abril de 2013 durante a gestão do ex-governador Siqueira Campos, sendo considerado um projeto pioneiro no Brasil e com meta de atender mais de 260 mil estudantes. Na época, o presidente do órgão era o coronel Júlio César da Silva Mamede.
Em novembro de 2016, a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de condução coercitiva e cinco de busca e apreensão contra os suspeitos de cometer as fraudes nas licitações do Detran-TO a fim de beneficiar a empresa do delator. Foi a 12ª fase da Operação Acrônimo.