No dia 27 de março de 2025, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), fez um alerta importante. Durante o Relatório Trimestral de Política Monetária, ele falou sobre as tarifas de Donald Trump. Segundo ele, elas podem causar um choque de oferta “não tradicional”. Mas o que isso significa? Vamos entender de forma simples e direta, refletindo sobre os impactos. 392y36
Um choque de oferta ocorre quando algo atrapalha a produção ou encarece bens. Pense na pandemia de covid-19 ou na guerra da Ucrânia. Esses eventos foram “temporários”, disse Galípolo. Já as tarifas de Trump podem ser diferentes.
“A economia global ou por dois choques de oferta, seja a questão da pandemia ou da invasão da Ucrânia, e agora o choque de tarifas pode produzir um choque de oferta, mas diferente dos choques tradicionais, que tende a se imaginar ageiros, estamos tentando entender para onde se desloca a curva de oferta a partir deste”, explicou ele. Em resumo, esse choque pode durar mais e mudar a economia de forma profunda.
As tarifas ainda não têm detalhes claros. Qual será a porcentagem? Quais países serão atingidos? “Se soma à incerteza sobre a natureza do choque, as incertezas relacionadas à intensidade deles, num momento em que ainda não está clara a magnitude da política tarifária de Trump”, destacou Galípolo.
Nos EUA, o cenário é ainda mais delicado. “Eu acho que nos Estados Unidos assumiu contornos até mais complexos”, afirmou ele. Como maior economia mundial, qualquer mudança lá afeta o planeta inteiro.
E o Brasil? Exportamos soja e minério para os EUA. Tarifas podem reduzir a demanda ou forçar preços mais baixos. Produtos importados, como eletrônicos, também podem encarecer. Isso mexe no bolso e nas decisões do BC sobre inflação e juros.
Diferente de eventos ados, essas tarifas podem criar um “novo normal”. Empresas podem abandonar cadeias globais e focar no mercado local. Países podem retaliar, gerando uma guerra comercial. Para Galípolo, o desafio é prever “para onde se desloca a curva de oferta”.
Isso nos faz pensar: estamos prontos para um comércio mais ? O Brasil consegue se adaptar? São perguntas sem resposta fácil.