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Notícias de Palmas - O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (30), durante a 9ª fase da Operação Sisamnes, da Polícia Federal (PF), que apura o vazamento de informações sigilosas relacionadas a decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em entrevista coletiva à imprensa, o gestor negou qualquer envolvimento com o esquema. “Sou fonte de muita gente, mas não tenho nenhuma informação privilegiada. Se tivesse, saberia que haveria uma operação hoje”, destacou.

A investigação aponta que Eduardo teria antecipado dados confidenciais sobre ações da PF, o que teria comprometido o andamento das investigações. Em diálogos interceptados pela corporação, o prefeito menciona que “vão dançar dois juízes e três advogados”, o que sugeriria conhecimento prévio de decisões judiciais. Em outra gravação, afirma:

“Não ia sair antes do recesso, viu? Só em agosto”, referindo-se à deflagração de operação da Polícia Federal.

A PF também aponta que Eduardo teria atuado como elo entre investigados e advogados com o aos autos. Eduardo confirmou ter indicado o advogado Michelangelo Cervi Corsetti, de Brasília, para atuar na defesa de Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), preso durante a 7ª fase da operação, em março deste ano.

"Michelangelo Corsetti é meu advogado há mais de dez anos. Quando decorreu a situação do Thiago, ele me buscou, como nós sempre conversamos, e ele o constituiu, está lá nos autos. O que eu fiz foi fazer por uma pessoa, que após a partida da mãe tenho um afeto muito grande. O Michelangelo ou o processo dele, teve o aos autos", afirmou.

 

Durante a coletiva, Eduardo ressaltou o simbolismo da data, 30 de maio, alegando que não havia compromissos oficiais por ser o aniversário de seu filho falecido, Gabriel“Não ia marcar nada hoje. Estava em casa com a família. Às seis da manhã, agentes federais bateram à porta. Foram educados, profissionais. Não encontraram nada ilegal. Levaram apenas meu celular e o da minha esposa”, relatou.

Ele negou qualquer envolvimento em crimes: “Não sou objeto de investigação. O que se apura é se houve vazamento por parte do advogado que eu indiquei. Eu não tenho fonte no STJ. Eu sou essa pessoa que vocês conhecem. Sigo firme na Prefeitura.”

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DETALHES DA OPERAÇÃO

A Operação Sisamnes teve início em 2024 e apura a existência de uma rede criminosa nacional envolvida em:

O nome da operação faz referência a Sisamnes, juiz da Pérsia Antiga executado por corrupção. No Tocantins, as investigações revelaram uma estrutura clandestina supostamente responsável por comercializar informações confidenciais do STJ.

Nesta fase mais recente, a PF também apura se Thiago Barbosa, já preso, estaria recebendo tratamento privilegiado no presídio - incluindo o ir a advogados e comunicação facilitada. A Secretaria de Cidadania e Justiça nega as acusações e afirma que ele cumpre medida preventiva em cela comum com outros 29 detentos.

A PF chegou a solicitar ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão preventiva e o afastamento do prefeito Eduardo Siqueira, mas o ministro autorizou apenas mandados de busca e apreensãoapreensão do aporte e o proibiu de deixar o país ou manter contato com outros investigados.

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Nota do prefeito Eduardo Siqueira

"Primeiramente, o  prefeito Eduardo Siqueira Campos esclarece que a busca e apreensão de que foi alvo, nesta sexta-feira, 30, não tem qualquer relação com atos da sua gestão à frente da Prefeitura de Palmas, tampouco com seus mandatos anteriores.

A Operação Sisamnes investiga o vazamento de informações sigilosas de demais Operações Judiciais, que envolvem terceiros.

Eduardo Siqueira Campos esclarece que não é alvo das investigações que tiveram informações vazadas e que não mantém fontes privilegiadas em tribunais ou em qualquer outra instância do Poder Judiciário.

Os diálogos divulgados pela imprensa são parte de conversas informais com Thiago Marcos Barbosa, que o procurou buscando orientações e a indicação de um advogado para constituir defesa no processo em que responde.

O prefeito Eduardo Siqueira Campos afirma que ter indicado um advogado para Thiago, por si só, não configura qualquer tipo de vazamento de informação privilegiada e nem representa conduta contrária à legislação vigente.  Além disso,  esclarece ter conversado sobre informações (que supostamente haviam sido vazadas), e que este fato não pode imputar à Eduardo a autoria ou  responsabilidade pelo vazamento das mesmas. Depois de vazadas, certas informações ganham o mundo e viram alvo de comentários de todo o meio político.

O Prefeito de Palmas coloca-se à disposição para quaisquer demais esclarecimentos e aguarda que os verdadeiros responsáveis por vazamento de informações sigilosas e tentativas de obstrução de justiça, caso tenham  ocorrido, sejam responsavelmente investigados, descobertos e revelados."

Nota da assessoria do Governador Wanderlei Barbosa:

"A defesa do Governador Wanderlei Barbosa esclarece que desde o dia 15 de abril de 2024 o Governador já havia sido formalmente habilitado no inquérito da FAMES-19 junto a seus advogados, tendo, desde a referida data, o regular ao processo por meio dos trâmites legais.

Dessa forma, não houve qualquer recebimento de informação privilegiada uma vez que a conversa mencionada na investigação da Operação Sisamnes, encontrada no WhatsApp dos suspeitos, data de 28 de junho de 2024, quase três meses após a data em que a defesa do governador possuía o integral ao processo.

Destacamos que o Governador Wanderlei Barbosa não é alvo da investigação e nem foi citado no processo. Eventuais desdobramentos são de exclusiva responsabilidade dos investigados, não cabendo qualquer tentativa de vinculação ao governador por atos individuais de terceiros.

A defesa do Governador reitera sua confiança nas instituições e no devido processo legal, assegurando o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa."

Nota da Secretaria da Cidadania e Justiça:

"Com relação às condições da prisão de Thiago, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça, por meio da Superintendência de istração dos Sistemas Penitenciário e Prisional, informa que Thiago Marcos Barbosa encontra-se cumprindo medida preventiva em uma cela comum, em um dos pavilhões. O interno divide cela com mais um custodiado, e no pavilhão, encontram-se mais 29 reeducandos.

Quanto às visitas de familiares informamos que ocorrem uma vez por semana, assim como acontece com os demais detentos. No entanto, os advogados dos custodiados têm prerrogativas para realizarem visitas assistidas sempre que julgarem necessário, podendo ser, inclusive, diariamente, assim como garantido a todos os demais.

A Seciju colaborou com todas as informações necessárias durante operação e revista realizadas nesta sexta-feira, 30, que não constatou nenhuma irregularidade relacionada a privilégios."

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