Vladimir Putin decretou a maior convocação militar em 14 anos, chamando 160 mil homens de 18 a 30 anos para o serviço obrigatório, segundo o Politico. Isso acontece em meio à guerra na Ucrânia, iniciada em 2022. Qual a intenção do Kremlin? Uma nova ofensiva ou apenas rotina? Vamos analisar os detalhes e refletir sobre o impacto global. 3b4c20
A Rússia faz duas convocações anuais, em abril e agosto, conforme a EuroNews. Desde o início da guerra, elas ganharam um tom mais sombrio. A atual, de abril de 2025, é a maior desde 2011, quando 200 mil foram chamados, diz o Meduza.
Hoje, o exército russo tem 1,32 milhão de militares ativos. Mas as perdas são altas: mais de 768 mil soldados desde 2022, estima a inteligência britânica via EuroNews. Por que uma convocação tão grande agora?
A convocação coincide com negociações de cessar-fogo entre Moscou e Kiev, mediadas pelos EUA. Zelensky acusa a Rússia de atrasar o processo. “De acordo com nossa inteligência, a Rússia toma medidas para realizar novas ofensivas nas regiões de Sumy, Kharkiv e Zaporizhzhia”, disse ele ao Politico.
A Casa Branca acredita que Putin busca uma saída, apesar de exigir a saída de Zelensky. Trump está irritado, mas os EUA ainda apostam na diplomacia. Seria um blefe ou escalada?
Zelensky tem uma teoria: “O Kremlin está prolongando as negociações com os EUA em meio a discussões sem sentido, sobre condições falsas, apenas para ganhar tempo e, depois, tentar conquistar ainda mais território”. Ele vê os 160 mil recrutas como base para novas ofensivas.
Outra possibilidade é reforçar as linhas russas, desgastadas por 768 mil baixas. Mas o timing levanta dúvidas: força ou preparo para mais guerra?
Para os russos, a convocação é pesada. Jovens de 18 a 30 anos são tirados de suas vidas para servir. A EuroNews nota que, com a guerra, o medo de ir ao front cresce, apesar de promessas contrárias.
Economicamente, retirar 160 mil pessoas do cotidiano impacta a Rússia, já sob sanções. Até onde a população aguenta esse sacrifício?
Referência: The Daily Digest