Notícias do Tocantins - O jornalista e ex-prefeito de Almas, Goianyr Barbosa de Carvalho, foi preso em flagrante nesta terça-feira (18/03) após a Polícia Federal encontrar uma mochila com R$ 22,5 mil na casa dele. 4i4a1y
A ação faz parte de uma operação que investiga o vazamento de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Goianyr foi preso sob suspeita de lavagem de dinheiro, mas a defesa alega que "não há elementos que comprovem a alegação da polícia". Segundo a defesa, o ex-prefeito jogou a mochila com o dinheiro pela varanda ao ouvir o arrombamento da porta, acreditando ser um assalto.
A defesa destacou ainda que a legislação brasileira não estabelece um limite para o valor que uma pessoa pode guardar em casa e que a normativa da Receita Federal exige a declaração de quantias a partir de R$ 30 mil apenas no exercício do ano seguinte. A defesa afirmou que "vai lutar veementemente para conseguir a liberdade do senhor Goianyr".
Durante a mesma operação, o advogado Thiago Marcos Barbosa, filho de Goianyr, foi preso preventivamente. Ele atua como assessor jurídico no gabinete do procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva, do Ministério Público do Tocantins (MPTO), que também foi alvo de buscas.
Goianyr e Thiago são, respectivamente, cunhado e sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não é alvo da investigação.
A ação, uma nova fase da Operação Sisamnes, cumpriu quatro mandados de busca e uma ordem de prisão preventiva. A investigação apura uma rede clandestina de monitoramento, comércio e ree de informações sigilosas sobre o andamento de investigações, o que teria frustrado operações policiais.
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Posicionamento do MPTO
Em nota, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) informou que adotou todas as medidas necessárias para atender à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e que o servidor citado nas investigações foi exonerado do cargo nesta terça-feira (18).
Nota da defesa do governador
A defesa do Governador Wanderlei Barbosa esclarece que desde o dia 15 de abril de 2024 ele foi formalmente habilitado no inquérito da FAMES-19 junto com seus advogados, tendo, desde então, o regular ao processo por meio dos trâmites legais.
Dessa forma, não houve qualquer recebimento de informação privilegiada um vez que a conversa mencionada na investigação da Operação Sisamnes, encontrada no WhatsApp dos suspeitos, data de 28 de junho de 2024, quase três meses desde que a defesa do governador já possuía o integral ao processo.
Reforçamos que o Governador Wanderlei Barbosa não é alvo da investigação e nem foi citado no processo. Eventuais desdobramentos são de exclusiva responsabilidade dos investigados, não cabendo qualquer tentativa de vinculação ao governador por atos individuais de terceiros.
Destacamos ainda que Thiago Barbosa e Goianyr Barbosa, citados na investigação, não possuem qualquer vínculo com o Governo do Tocantins. Thiago era assessor do Ministério Público Estadual (MPE), e seu pai, Goianyr Barbosa, não ocupa cargo na istração estadual.
A defesa reitera sua confiança nas instituições e no devido processo legal, assegurando o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa.
Palmas, 18 de março de 2025.
Equipe Técnica de Defesa do Governador Wanderlei Barbosa