A cirurgia robótica a distância está transformando a medicina. Em Xangai, médicos operaram um câncer no pulmão de uma paciente a 5 mil km, em Casgar, na China. Com robôs cirúrgicos, barreiras geográficas foram superadas, trazendo esperança a áreas remotas. Como isso funciona? E o que significa para o futuro? Vamos explorar essa inovação. 171s5l
Uma paciente de meia-idade, com um nódulo no pulmão direito há três anos, foi selecionada para o procedimento. Internada no Second People's Hospital, em Casgar, ela foi operada por Luo Qingquan, de Xangai. Antes, houve uma consulta por videochamada. A cirurgia durou uma hora e foi um sucesso.
Luo controlou os braços robóticos em tempo real. “Eu me senti como se estivesse literalmente operando os braços robóticos no local. Foi perfeitamente simultâneo”, disse ele. Em Casgar, Chen Tianxiang coordenou a equipe na sala de cirurgia, garantindo tudo em ordem.
Desenvolvida pela Shanghai MicroPort MedBot, a tecnologia usa robôs conectados por redes 5G e fibra óptica. Isso permite movimentos precisos sem atrasos, mesmo a milhares de quilômetros. “O sucesso da operação demonstra que nossa tecnologia doméstica de cirurgia robótica em cirurgia torácica superou ainda mais as limitações espaciais”, afirmou Luo ao China Daily.
Em junho de 2023, Zhang Xu operou um paciente em Pequim estando em Roma, na Itália. Foi a primeira cirurgia transcontinental ao vivo, durante a conferência CILR. Ele realizou uma prostatectomia radical usando um console conectado por 5G. “A telecirurgia é uma das mais importantes direções de desenvolvimento no futuro da cirurgia”, declarou.
Para quem vive longe de grandes centros, como em Casgar, viajar é um desafio. A cirurgia robótica a distância resolve isso. “Com ela, os pacientes de áreas remotas poderão ter o a serviços médicos de primeira linha sem precisar viajar para as grandes cidades”, explicou Luo. A precisão dos robôs também reduz riscos e acelera a recuperação.
Até onde essa tecnologia pode chegar? Cirurgias entre países ou até no espaço podem ser realidade. A inteligência artificial pode aprimorar ainda mais os procedimentos. Mas a presença humana, como a equipe em Casgar, segue essencial.
A cirurgia robótica a distância democratiza a saúde. Mas será que confiamos tanto nas máquinas? E como levá-la a todos? Casos como os de Casgar e Pequim mostram um futuro promissor. Cabe a nós usá-lo para quebrar barreiras e salvar vidas.
Referência: Bossa News