Notícias de Araguaína – Mais de 300 presos que estão em dois pavilhões da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, em Araguaína, região norte do estado, fizeram greve de fome reivindicando o retorno das visitas íntimas e também a normalização das visitas sociais. 4i5047
Segundo denúncia enviada ao portal AF Notícias, em cada pavilhão tem em média 170 presos e eles começaram a recusar a alimentação entregue diariamente. O protesto teria começado há quatro dias e a partir de então, alguns estariam ando mal com fraqueza e desmaios.
Em consequência, a enfermaria da unidade que serve para atendê-los ficou sobrecarregada e até o estoque fisiológico já teria acabado. Há apenas um médico para atender os presos e apenas durante o dia.
“Se continuar assim, vai ter morte dentro do pavilhão”, alertou o denunciante.
Resposta da Seciju
O portal solicitou uma resposta da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) sobre a situação no presídio.
A secretaria informou que o Sistema de istração do Sistema Penitenciário e Prisional estava ciente dos fatos e as medidas cabíveis foram tomadas.
Mas esclareceu que os custodiados de dois pavilhões da UTPBG iniciaram a recusa em receber alimentação na segunda-feira (17). A medida se deu devido à redução das visitas sociais e à suspensão de visitas íntimas, afirmou.
“Os custodiados que necessitaram de atendimento médico e de enfermagem receberam os devidos atendimentos na enfermaria da unidade, que conta com o devido abastecimento de medicamentos”, declarou a secretaria.
A secretaria explicou ainda que na tarde desta terça-feira (18), por solicitação da Unidade por meio de ofício protocolado ao Poder Judiciário, foi realizada uma audiência com um custodiado representante de cada pavilhão e a juíza titular da 3° Vara Criminal de Araguaína, Gisele Pereira de Assunção Veronezi, que buscou intermediar em conjunto com a chefia da Unidade, o fim da mobilização dos custodiados.
“Durante a noite os custodiados voltaram a se alimentar normalmente”, completou na nota.
“A Seciju reforçará a segurança da unidade com o envio de polícias penais do Grupo de Operações Especiais (Gope). A Pasta reitera que está prestando todos os atendimentos necessários aos custodiados, bem como a busca por assegurar os direitos dos reeducandos e seus familiares, assim como a segurança dos policiais penais”, finalizou a secretaria.